maqueteA técnica utilizada nas construções civis teve enormes progressos nos últimos anos, extravagâncias futurísticas como: computadores cuidando do gramado, da segurança e da qualidade de vida do lar;  controle da luz e temperatura do cômodo até a inspeção do cômodo pelos sensores; comunicação remota instantânea com eletrodomésticos e saguões de prédio que sabem exatamente onde você está iluminando entradas e corredores; portas de garagens que só abrem quando reconhecem o dono e elevadores que saúdam o transportado com sua música predileta não são coisas mais consideradas como coisas do passado ou de um futuro muito distante. Com as novas técnicas de automatização de construções, cresce cada vez mais os setores de automação residencial e predial sendo um dos novos atrativos do mercado de tecnologia digital e que prometem gerar negócios de bilhões de dólares ao longo do planeta nos próximos anos.

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Visando a utilização de controladores programáveis e linguagens dedicadas para implementação de “casas inteligentes” com baixo custo para facilitar cada vez mais o crescimento dos setores de automação residencial, o curso de Sistemas de informação deu início ao Projeto da Casa Inteligente, que tem por objetivo criar a maquete da “CASA DO FUTURO”.

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O projeto é uma parceria do curso de Sistemas de Informação com o curso de Arquitetura e Urbanismo. Tendo como objetivo criar uma maquete da casa do futuro controlada por sinais do celular via Bluetooth, permitindo o monitoramento dos diferentes sensores da casa, sendo que o foco principal do projeto é desenvolver o sistema que controla a maquete da casa Inteligente.

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Os acadêmicos do curso de Sistemas de Informação são responsáveis pelo desenvolvimento do sistema e também pela criação dos circuitos que interligarão os equipamentos onde estará o servidor utilizado para acionar os comandos da casa via celular. Já os acadêmicos do curso de  Arquitetura e Urbanismo ficarão responsáveis pela criação da maquete.

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O primeiro passo para o desenvolvimento do projeto foi à criação da porta paralela, que serve como uma interface de comunicação entre o computador e um periférico. Quando a IBM criou seu primeiro PC (Personal Computer) ou Computador Pessoal, a idéia era conectar a essa Porta uma impressora, mas atualmente, são vários os periféricos que utilizam-se desta porta para enviar e receber dados para o computador (exemplos: Scanners, Câmeras de vídeo, Unidade de disco removível e outros). É na porta paralela onde estarão conectados os dispositivos da casa, interligado o circuito a um computador que ira dar suporte a maquete, o servidor ficará no centro da maquete.

O desenvolvimento do circuito ficou como responsabilidade do acadêmico Tiago Calvacante Cardoso do 2º ano do curso de Sistemas de Informação, que já possui conhecimento e experiência na área, abaixo o acadêmico explica como foi criado o dispositivo:

“Na interface de comunicação com a porta paralela podemos controlar 8 dispositivos eletro/eletrônicos. A interface funciona da seguinte forma: a tensão de saída da porta paralela passa por um resistor de 1000 ohm s +/- 5% , isso gera uma queda na corrente de saída que esta ligada na base do CI,  na COM do circuito integrado temos uma tensão de 12 V, assim que enviado um sinal de acionamento a porta paralela isso faz com que o CI ULN 2003 libere a tensão de 12 V para os reles de fechamento, que por sua vez libera a tensão necessária para acionar os dispositivos neles ligados, então por ex: podemos usar os reles para fechar uma tensão de 110 ~ 220 V onde poderíamos ligar e desligar determinados dispositivos.”

celularJá o sistema para o celular que esta sendo desenvolvido pelos alunos do 3º ano está na fase de finalização. Os integrantes da equipe responsável comentam que:

“As ferramentas utilizadas são todas livres, como o editor e compilador usado, que é o Netbeans 6.5. Também estamos usando uma biblioteca chamada BluetoCove que é usada para aplicação em JAVA nas plataformas J2SE para Desktop, utilizada para desenvolver software que implementem dispositivos Bluetooth.” Cássio André Moreto.

“Já na parte desenvolvimento para celular, também estamos usando o NETBeans 6.5 mas com algumas diferenças, temos que ter o pacote de MOBILE, pois este permite o desenvolvimento de aplicação em JAVA nas plataformas J2ME para dispositivos móveis.” Luiz Eduardo Amais.

“Para os aplicativos desenvolvidos funcionarem de forma correta o celular dever ter uma API chamada JSR-82, infelizmente esta API deve vir instalada direto da fabrica. O JSR-82 serve para fazer a conexão entre o celular e o computador.” Ronei D´Angelo Frandaloso.

“O projeto da casa inteligente é um protótipo da casa do futuro, onde a tecnologia proporcionará ao homem mais conforto, comodidade e economia evitando desperdício e sendo ecologicamente correto. Além da criação da casa o projeto também divulga a tecnologia Bluetooth, mostrando que é fácil criar softwares para celulares, usando várias ferramentas inteiramente grátis para o seu desenvolvimento.” Alexandra Santos Gonçalves.

equipeO projeto da casa inteligente, coordenado pelo Prof. Carlos Marques, é mais um projeto desenvolvido pelo CISI – Centro Integrado de Soluções em Informática (projeto de extensão do curso de Sistemas de Informação), dentre outros que são desenvolvidos pelos acadêmicos do curso, com o objetivo de proporcionar aos alunos o conhecimento de várias tecnologias emergentes, no caso a tecnologia Bluetooth juntamente com a tecnologia para o desenvolvimento para dispositivos móveis. Desta forma os acadêmicos obtem mais experiência, vivenciando problemas reais, e buscando soluções para resolvê-los.

One Thought to “Casa do Futuro – Projeto Maquete”

  1. admin

    Olá Eduardo, a maquete tem vários componentes eletrônicos que fazem a interface com o computador. Além dos componentes eletrônicos, temos também componentes hidráulicos para atender a cascata da piscina, assim como, mecânicos, para a abertura e fechamento do portão. Basicamente tudo acontece através da interface paralela do computador que apresenta oito possibilidades de sinais, onde a cada sinal podemos acionar uma parte específica da maquete. Estes sinais são enviados para a interface paralela como se fôssemos imprimir algo em uma impressora qualquer, ou seja, dependendo do que se deseja ligar ou desligar na maquete, efetua-se o cálculo de transformação de binário para decimal e o respectivo caracter é enviado. Do outro lado (maquete), existe uma placa de circuito eletrônico que foi desenvolvida para receber estes sinais e para cada sinal, é acionado um relê que aciona o dispositivo desejado. Esta placa foi construída por nós, ou seja, não fizemos a aquisição dela pronta. Compramos todos os componentes eletrônicos e montamos a mesma. Além disso, existe um circuito (também montado por nós) para efetuar o controle do portão, pois usamos um único sinal tanto para abrir como para fechar o portão. Também temos uma bomba de aquário funcionando para fazer a cascata funcionar. Como você pode perceber, não existe uma lista de materiais prontos para comprar, logo tivemos que ir montando cada parte. Além de tudo isto, ainda existem dois softwares, desenvolvidos na linguagem Java, onde o primeiro é executado no celular e tem a responsabilidade de disponibilizar ao usuário as opções que podem ser acionadas na maquete. Uma vez escolhida a opção, esta é enviada para o computador que fica ligado a maquete (via bluetooth). No computador fica o segundo software que recebe os sinais enviados pelo celular, os transforma para a envio para a interface parelela e efetua este envio. Se desejar maiores detalhes sobre isto, pode entrar em contato comigo cmarques@unipar.br que terei prazer em atendê-lo ou ainda lhe colocar em contato com os alunos que nos auxiliaram na elaboração deste projeto. Um grande abraço. Prof. Carlos Marques – Curso de Sistemas de Informação – Campus Umuarama – Sede.

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